Yule, que segundo historiadores provém do
escandinavo Iul e significa roda, marca a morte e o renascimento do Deus Sol;
marca também o fim do ano minguante e o começo do
ano crescente (alegoricamente a derrota do Rei Azevinho, deus do ano
minguante, pelo Rei Carvalho, Deus do ano
crescente.) A deusa era morte-em-vida no
solstício de verão, agora ela exibe seu
aspecto vida-em-morte, pois embora nesta estação ela
seja a “senhora da brancura”, a rainha da escuridão fria, ainda assim
este é o momento de dar à luz a criança da promessa,
o filho-amante que irá fertiliza-la e trazer luz e calor de volta ao
seu reino.
O solstício
de inverno, comemorado este ano no dia 20 de junho, é celebrado a milhares de
anos por diversas culturas
(também é impossível não ver suas ligações com o
natal cristão, porém convém esclarecer que o natal é apenas uma versão
cristã desse festival solar pagão que já era comemorado
milhares de anos antes de cristo, e como nas escrituras bíblicas
não consta a data de nascimento de cristo a igreja
resolveu em 273 fixar seu aniversário alinhado com o solstício de
inverno, pois assim o assemelharia aos demais deuses
solares como Mitra, sendo que demais símbolos do natal como Papai
Noel, árvore de natal, azevinho e etc são também
retirados de cultos pagãos do Yule).
Em Yule é
tempo de regenaração, renascimento, é o tempo ideal para reencontrarmos nossas
esperanças e rejuvenescer nossos
corações, tornarmo-nos puros como crianças, como a
criança que acaba de nascer trazendo luz ao mundo.
Comemoração em coven:
Geralmente
os covens decoram todo os espaço com azevinhos, pinheiros enfeitados (uma
árvore de natal) porque todas essas
árvores de folhas perenes e sempre verdes simbolizam
a continuação da vida não importa o que aconteça. Também são colocados
sinos, especialmente nas janelas para que toquem com
o vento, pois os sinos são símbolos femininos de fertilidade
(representam um útero) e anunciam também a chegada
dos elementais e dos deuses durante o ritual. Flores e frutas da época
ornamentam o altar enquanto um grande banquete de
sidras, pão, vinho quente, bolos e sopas é preparado sobre uma grande
mesa decorada.
Durante o
ritual geralmente é encenado o mito da roda do ano ou a coroação dos Reis
Azevinho e carvalho, todas as luzes
do aposento devem ser desligadas para simbolizar a
escuridão do inverno e vão sendo acesas aos poucos durante o rito. O
ritual começa com a encenação escolhida pelo coven,
sempre guiada pelo Grão-sacerdote e a Grã-sacerdotisa. O grupo pode
optar por realizar algum ritual mágico durante o
rito, mas a maioria prefere apenas celebrar, sendo assim depois da
encenação sagrada todos agradecem aos deuses e dão o
tradicional pulo sobre o caldeirão em chamas agradecendo sua renovação
e partem para o banquete em honra ao nascimento do
deus. Também é comum trocar presentes na noite deste solsticio, onde os
membros do coven se presenteam para honrar o
renascimento de si mesmos junto com o deus. No dia seguinte as cinzas do fogo
do caldeirão devem ser jogadas nos jardins ou plantações
para favorecer as colheitas.
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